Desencaixotando Rita

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domingo, 29 de maio de 2016

"escrevo teu nome no grão"

por tudo o que tomba
sem se reerguer sem
sequer lembrar da queda
        pela sombra 
que nunca é proporcional
   à luz          
                 pela sombra 
que não é proporcional
de maneira alguma
                      à luz
te escrevo o nome
onde se escondem 
as montanhas
onde o sinal do celular
    n ã o           pega
nãopega nãopega n-ã-o pe-ga
escrevo ainda
com a tinta 
que extraio dos moluscos 
que aparecem mortos 
pela praia
no inicinho da manhã

pelo esquecimento compulsório
    da 
     q
     u
     e
     d
     a



"escrevo o teu nome 
   no grão de arroz"



porque saturno retorna 
        fora de hora
e a sombra não é proporcional
               ao facho de luz 
             que te acompanha
[e é um absurdo que a luz
produza tantos monstros 
com tamanha facilidade]
porque há sim pulsação nos vasos
         altamente periculosos
           das minhas pernas
e por tudo aquilo que tomba
                 sem levantar-se:
toma este grão luminoso
 onde te escrevo o nome
   devidamente instalada

             na virada invisível 
                                 do rio

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